🌎INTERNACIONAL
Os mercados seguem perdendo apetite de risco nesta terça-feira, de olho na divulgação da ata do Fed e no Simpósio de Jackson Hole na sexta-feira. Na Ásia, o Nikkei recuou 1,42%, enquanto o Shanghai Composite avançou 1,04% e o Hang Seng subiu 0,17%. Na Europa, o Euro Stoxx 50 opera próximo à estabilidade. Nos EUA, os futuros do S&P 500 e da Nasdaq registram leves quedas de 0,13% e 0,15%, respectivamente
•S&P 500 Futuro -0,1%
•FTSE 100 +0,3%
•CAC 40 estável
•Nikkei 225 -1,5%
•Hang Seng +0,2%
•Shanghai SE Comp. +1%
•MSCI World estável
•MSCI EM -0,8%
•Petróleo WTI +1% a US$ 63 barril
•Petróleo Brent +0,7% a US$ 66,27 barril
•Futuro do minério em Singapura -0,2% a US$ 100,8
•Bitcoin estável a US$ 113600,75
Em mais um dia de agenda de indicadores macroeconômicos esvaziada, investidores seguem na especulação de como será o discurso do presidente do Federal Reserve (Fed), Jerome Powell, no Simpósio de Jackson Hole, que pode confirmar ou esfriar as apostas em cortes de juros nos Estados Unidos este ano.
O Fed divulga hoje a ata de sua última reunião sobre política monetária e o presidente da instituição de Atlanta, Raphael Bostic, discursa em evento.
A presidente do Banco Central Europeu (BCE) disse que o acordo comercial entre Estados Unidos e a União Europeia está próximo do cenário básico assumido pela autarquia, mas a incerteza persiste em setores-chave, como o farmacêutico e o de semicondutores.
O governo americano surpreendeu o setor de logística ontem ao anunciar a expansão de suas tarifas sobre aço e alumínio, abrangendo mais de 400 itens de consumo que contêm esses metais, como motocicletas e utensílios de mesa.
Ontem também, autoridades da Índia afirmaram que uma visita da delegação americana prevista para este mês ao país para negociações comerciais foi adiada. O encontro seria a sexta rodada de negociações para um acordo comercial bilateral.
Os contratos futuros de petróleo operam em alta, com o WTI avançando 1,25% a US$ 62,654 e o Brent ganhando 1,12%, a US$ 66,53 o barril. O futuro do minério de ferro cai 0,2% em Singapura, a US$ 100,8 mil.
🇧🇷BRASIL
No Brasil, as preocupações com uma possível escalada nas tensões entre Brasil e Estados Unidos continuam ditando o mercado, que reagiu com forte aversão a risco na terça-feira. O Ibovespa teve a maior queda em quatro meses, desvalorizando 2,10% aos 134.432,26 pontos. Já o dólar teve valorização de 1,19%, a R$ 5,4993.
O sentimento dos investidores piorou ontem com a decisão do ministro do STF, Flávio Dino, de que cidadãos brasileiros não podem ser afetados em território nacional por leis estrangeiras tomadas por atos que tenham sido realizados no Brasil.
Na esteira desse processo, Dino também proibiu instituições financeiras brasileiras de atender ordens de tribunais estrangeiros sem autorização expressa do STF. A medida expõe empresas e bancos brasileiros a um impasse entre regras nacionais e exigências dos Estados Unidos.
A notícia provocou uma queda generalizada nas ações dos principais bancos brasileiros. Entre eles, o Banco do Brasil caiu 6% e o Santander desvalorizou 4,88% no pregão de ontem.
No campo comercial, os Estados Unidos aceitaram a consulta feita no início de agosto pelo Brasil na Organização Mundial do Comércio (OMC) sobre a imposição das tarifas, mas consideraram que algumas das ações citadas pelo governo brasileiro são “questões de segurança nacional, não suscetíveis de revisão ou de resolução por meio de solução de controvérsias na OMC”.
🏢EMPRESAS
A Transpetro, subsidiária da Petrobras, deverá relançar uma licitação para a construção de barcaças, após o fraco interesse no último certame.
O conselho de administração da WEG aprovou a contratação de dois financiamentos, um no valor de R$ 130 milhões e o outro, de R$ 50 milhões.
O plenário do Cade deve discutir hoje a fusão entre BRF e Marfrig.
Assista ao Morning Call completo clicando aqui.
*Com informações de sites e agências de notícias