Sem indicadores relevantes na agenda internacional, o destaque do dia é o discurso da presidente do Banco Central Europeu, Christine Lagarde, ao participar do Fórum Econômico Mundial, em Davos, nesta quarta-feira (22). Outro assunto que pode movimentar o mercado hoje é a afirmação do presidente dos EUA, Donald Trump, de que seu governo está discutindo a imposição de uma tarifa de 10% sobre produtos importados da China em 1º de fevereiro. Os rumores eram de que essa taxa seria em torno de 60%. O S&P 500 futuro sobe 0,4%, Stoxx Europe +0,6%, o Nikkei avançou 1,6% e o Shanghai recuou 0,9%.
S&P 500 Futuro +0,4%
STOXX 600 +0,6%
FTSE 100 +0,3%
Nikkei 225 +1,6%
Shanghai SE Comp. -0,9%
MSCI EM +0,2%
Dollar Index -0,2%
Yield 10 anos -0,8bps a 4,5683%
Petróleo WTI +0,5% a US$ 76,21 barril
Futuro do minério em Singapura -0,9% a US$ 103,85
Bitcoin -1,7% a US$ 104965,13
Nos Estados Unidos, o mercado também pode repercutir os resultados positivos da Netflix divulgados após o fechamento do pregão de ontem (21). A empresa registrou um lucro líquido de US$ 1,86 bilhão, contra um ganho de US$ 938 milhões em igual período do ano anterior. Ainda em relação aos balanços, a United Airlines teve um avanço de 3,42% no lucro líquido ajustado no quarto trimestre, para US$ 3,26 por ação.
Na Europa, as Bolsas abriram com viés positivo nesta quarta-feira à espera do discurso de Christine Lagarde em Davos, às 12h15 (horário de Brasília). Na manhã de hoje, a presidente do BCE disse, em entrevista à CNBC, que o bloco precisa estar preparado e se antecipar às tarifas comerciais impostas pelos Estados Unidos. Ainda no radar dos investidores europeus estão as expectativas de flexibilização monetária pelo BCE e pelo Banco da Inglaterra (BoE, em inglês). Por volta das 7hs, a Bolsa de Londres (FTSE100) subia 0,3%.
Já as bolsas da Ásia fecharam mais um dia sem direção única. Entre os catalisadores estão as novas políticas tarifárias do presidente dos EUA, principalmente em relação à China. No Japão, o índice Nikkei avançou 1,6%, a 39.646 pontos, após o SoftBank anunciar planos de investimentos em inteligência artificial (IA).
Na agenda do dia, destaque para as divulgações dos balanços da Procter&Gamble (P&G), antes da abertura do mercado norte-americano, e da Alcoa, após o fechamento.
O petróleo sobe hoje, com o WTI a US$ 76,21 o barril e o brent a US$ 79,67. O futuro do minério de ferro recua 0,9% em Singapura, a US$ 103,8 a tonelada, em meio às incertezas sobre o tamanho das tarifas de importação a serem impostas pelos EUA às China.
O Bitcoin apresenta queda de 1,7%, a US$ 104,9 mil.
BRASIL
A agenda doméstica desta quarta-feira segue tranquila. Neste cenário, o Ibovespa pode repercutir o mercado global, com destaque para as novas políticas de Trump e declarações no Fórum Econômico Mundial.
Em Davos, o ministro de Minas e Energia (MME), Alexandre Silveira, disse ontem que a Petrobras tem “completa independência” para decidir preços e que o tema não passa pelo conselho, sendo responsabilidade da diretoria. A fala vem após afirmações na imprensa de que o governo pode pressionar o conselho da estatal a amenizar a alta dos combustíveis para conter a inflação.
Reportagem do Broadcast revela ainda que o Ministério da Fazenda estima que as medidas do novo pacote fiscal, anunciado no final do ano passado, vão gerar uma economia de R$ 29,4 bilhões no orçamento deste ano. Em dezembro, a pasta havia divulgado que esse impacto somado para 2025 e 2026 seria de R$ 69,8 bilhões.
Em Brasília, o presidente Lula participa de evento de assinatura do contrato de concessão da BR-381/MG, às 11hs. Antes, às 8hs, o ministro da Casa Civil, Rui Costa, concede entrevista ao programa de rádio da EBC, “Bom dia, ministro”.
O dólar fechou ontem em queda de 0,18%, a R$ 6,03, e o Ibovespa apresentou alta de 0,39%, aos 123.338 pontos, com o mercado de olho nas primeiras medidas adotadas por Donald Trump como presidente dos EUA.
EMPRESAS
Gigantes globais do setor de aviação avaliam fazer aporte na Gol e garantir melhores posições nos terminais de Guarulhos e Galeão, informa o Valor Econômico. A possível fusão entre Gol e Azul ampliou o interesse dessas empresas, segundo as fontes consultadas pelo jornal.
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*Com informações de sites e agências de notícias.