🌎 INTERNACIONAL
As bolsas globais negociam mistas nesta sexta-feira com mais ameaças tarifárias e de olho na agenda econômica da próxima semana. Na Ásia, o Nikkei caiu 0,2%, enquanto o Hang Seng subiu 0,5%. Em Xangai, o índice ficou praticamente estável. Na Europa, o Euro Stoxx 50 recua 1,2%, refletindo o PIB fraco do Reino Unido. Nos EUA, os futuros do S&P 500 e do Nasda têm queda de 0,6% ambos.
•S&P 500 Futuro -0,6%
•FTSE 100 -0,6%
•CAC 40 -1%
•Nikkei 225 -0,2%
•Hang Seng +0,5%
•Shanghai SE Comp. estável
•MSCI World -0,1%
•MSCI EM -0,1%
•Petróleo WTI +0,6% a US$ 66,96 barril
•Petróleo Brent +0,4% a US$ 68,9 barril
•Futuro do minério em Singapura +0,3% a US$ 99,35
•Bitcoin +4,1% a US$ 118289,69
Na noite de ontem, Trump enviou carta ao premiê do Canadá, informando novas tarifas de 35%. O presidente afirmou ainda que os demais países que ainda não receberam cartas enfrentarão tarifas entre 15% e 20%. Nesta sexta-feira, ele deve anunciar as alíquotas sobre a União Europeia.
A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, afirmou ontem que o bloco tem trabalhado “sem parar” para alcançar um acordo com os EUA que mantenha as tarifas nos níveis mais baixos possíveis.
No Reino Unido, os dados do PIB de maio mostraram que a economia encolheu inesperadamente pelo segundo mês consecutivo, aumentando a possibilidade de o Banco da Inglaterra reduzir sua taxa básica de juros.
A agenda de indicadores da próxima semana traz alguns dados que serão observados de perto pelos investidores. Os destaques são o PIB e balança comercial da China na segunda-feira; o CPI de dos Estados Unidos na terça-feira; e o Livro Bege do Fed na quarta-feira.
Os contratos futuros de petróleo subiam com as possibilidade de sanções contra a Rússia e de uma pausa no aumento da Opep+. O WTI avançava 0,08% a US$ 66,62 o barril e o Brent tinha alta de 0,09%, a US$ 68,70. Já o futuro do minério de ferro sobe 0,3% em Singapura, a US$ 99,35.
A AIE informou hoje que a oferta global de petróleo deve crescer três vezes mais rápido do que a demanda este ano, mas que fatores sazonais estão mantendo o mercado apertado no curto prazo.
🇧🇷 BRASIL
No cenário local, os investidores reagem à carta divulgada ontem à noite pelo Banco Central (BC) para justificar o descumprimento da meta de inflação. Segundo o documento, a atividade econômica, as expectativas de inflação desancoradas e a depreciação do real ante o dólar foram os principais fatores que levaram o índice a superar o teto da meta.
O presidente do BC, Gabriel Galípolo, terá audiência com a presidente do Banco do Brasil (BB), Tarciana Medeiros. Ele também se encontra com representantes da Associação Nacional dos Advogados Públicos Federais (Anafe).
Lula participou ontem de entrevista no Jornal Nacional para responder às ofensivas tarifárias dos Estados Unidos. O presidente disse que Trump mostrou total desconhecimento sobre o Brasil e que se os dois países não conseguirem negociar, o governo brasileiro vai recorrer à lei da reciprocidade.
O político também comentou sobre a questão fiscal, afirmando que vai manter o IOF “porque fazer decreto é de responsabilidade do presidente da República”.
Na agenda de indicadores, o volume de serviços de maio divulgado pelo IBGE e o índice de confiança do empresário industrial são os principais destaques. Na semana, o mercado aguarda, entre outros dados, o CPI de junho, o monitor do PIB da FGV e o IGP-10.
O Ibovespa encerrou com queda de 0,54%, aos 136.743 pontos. Já o dólar subiu 0,72%, negociado a R$ 5,54.
🏢 EMPRESAS
A Telefônica Brasil informou acordo com o Grupo La Caisse, para a compra de fatia na Fibrasil por R$ 850 milhões.
A Fras-le, controlada pela Randon, precificou sua ação em oferta subsequente em R$ 24, segundo fontes ouvidas pelo ValorPro.
As ações da Embraer recuaram quase 4% após tarifas e empresa afirma que vai avaliar impactos da medida.
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*Com informações de sites e agências de notícias